O Brasil registrou criação líquida de 34.313 vagas formais de emprego em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, num dado abaixo do esperado e que reforça o cenário de lenta recuperação econômica.

Em pesquisa Reuters, a expectativa era de abertura de 82.500 postos. O dado também mostrou piora em relação à janeiro do ano passado, quando foram abertas 77.822 vagas.

“No ano passado o país voltou a gerar emprego e agora em janeiro esse processo tende a continuar, mas naturalmente é o resultado do estado econômico geral da economia, que ainda sofre um pouco em termos de alinhamento de expectativas, retomada de investimentos”, afirmou o secretário do Trabalho, Bruno Silva Dalcolmo.

Dos oito setores pesquisados, cinco ficaram no azul, com destaque para serviços, com abertura de 43.449 vagas. Na sequência, aparece a indústria de transformação, com abertura de 34.929 postos, seguida pelos setores de construção civil (+14.275), agropecuária (+8.328) e extrativa mineral (+84).

Na outra ponta, o fechamento de vagas foi encabeçado pelo comércio, que perdeu 65.978 vagas em janeiro. Com resultados bem menos expressivos aparecem a administração pública (-686) e o setor de serviços industriais de utilidade pública (-88).

Na véspera, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Brasil iniciou o ano com elevação na taxa de desemprego para o nível mais alto em cinco meses e avanço no número de desempregados, em um movimento sazonal de dispensa após as contratações de final de ano.

A taxa de desemprego brasileira foi a 12,0 por cento no trimestre encerrado em janeiro, contra 11,6 por cento nos três meses até dezembro.

Fonte: Agência Reuters