O presidente Jair Bolsonaro cancelou viagem que faria aos Estados Unidos neste mês, onde seria homenageado como “Personalidade do Ano de 2019” pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, devido ao que o gabinete do porta-voz da Presidência disse serem “ataques deliberados” do prefeito de Nova York e à pressão de grupos sobre os organizadores e patrocinadores do evento.

“Em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações no evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, afirma nota do gabinete do general Otávio do Rêgo Barros.

“Em função disso, e consultados vários setores do governo, o presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami.”

As polêmicas em torno do evento de homenagem a Bolsonaro começaram com a pressão de ativistas para que o Museu de História Natural, local inicialmente escolhido para o evento, desistisse.

“O evento externo e privado no qual o atual presidente do Brasil será homenageado foi agendado no museu antes de o contemplado estar decidido”, disse o museu em sua conta oficial de Twitter no mês passado. “Estamos profundamente preocupados, e estamos analisando nossas opções.”

Poucos dias depois o museu anunciou que não sediaria o evento. Ao mesmo tempo, Bolsonaro foi alvo de críticas do prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio. Depois disso algumas das empresas que patrocinam o evento retiraram o apoio.

A previsão era de que Bolsonaro viajasse aos EUA no próximo dia 12. O presidente ficaria em Nova York dias 13 e 14 e cumpriria agenda em Miami dia 15.

Fonte: Agência Reuters