O Banco Central destacou que vê queda forte do Produto Interno Bruto (PIB) na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre, segundo ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira, na qual pintou perspectivas sombrias para a atividade devido ao impacto do coronavírus.

“Embora haja poucos dados disponíveis para o mês de abril, há evidência suficiente de que a economia sofrerá forte contração no segundo trimestre deste ano”, apontou a ata.

“A menos de avanços médicos no combate à pandemia, é plausível um cenário em que a retomada, além de mais gradual do que a considerada, seja caraterizada por idas e vindas”, completou.

Na semana passada, o BC cortou a Selic em 0,75 ponto, à nova mínima histórica de 3% ao ano, aumentando o ritmo de afrouxamento monetário em meio às preocupações com a atividade doméstica, e já indicando um novo ajuste de, no máximo, igual magnitude à frente. A mensagem foi repetida nesta terça-feira.

Este foi o sétimo corte consecutivo dos juros básicos e veio após redução de 0,5 ponto em março.