A imagem foi registrada com uma câmera fotográfica Canon T1i modificada para fins astronômicos ( Foto: Gilberto Dumont )

Esse domingo (16) foi especial para os astrônomos de todo o mundo. Em Patos de Minas, não foi diferente. O cometa 46P – WIRTANEN cortou os céus da Capital do Milho e sua passagem foi registrada pelo astrônomo amador Gilberto Dumont. O corpo celeste tem cerca de 1 quilômetro de diâmetro e é um dos que mais se aproximaram da Terra.

De acordo com Gilberto Dumont, o cometa 46P – WIRTANEN atingiu sua maior aproximação com a Terra nesse domingo. A passagem do corpo celeste com pouco mais de um quilômetro de diâmetro já era prevista e muito esperada por astrônomos amadores do mundo todo. Gilberto Dumont vinha acompanhando esta aproximação e, com as condições climáticas favoráveis no final de semana, conseguiu fazer a tão almejada fotografia.

A imagem foi registrada com uma câmera fotográfica Canon T1i modificada para fins astronômicos acoplada a um telescópio de 8 polegadas de abertura, usado como objetiva. O astrônomo explicou que o Cometa 46p-Wirtanen foi descoberto em 1948 por Carl Wirtanen e é considerado um cometa de curto período, dando uma volta em torno do sol a cada 5,4 anos. “Um cometa de longo período leva cerca de 200 anos para dar uma volta em torno do Sol”, disse.

Nesse domingo, o cometa também entrou para o ranking dos dez cometas a passarem mais perto da Terra nos últimos 70 anos, o que tornou a oportunidade única para o registro por astrônomos do mundo todo. O 46p- Wirtanen passou a uma distância de 12 milhões de quilômetros da Terra (cerca de 30 distâncias da Terra à Lua) e pôde ser visto a olho nu em regiões longe da poluição luminosa.

O cometa ainda poderá ser visto a olho nu durante alguns dias, lembrando que é necessário estar em regiões afastadas da iluminação da cidade. A olho nu, ele apresenta um tamanho pouco maior que uma estrela. A imagem mostra uma simulação do céu em Patos de Minas.  O cometa está identificado com um cursor vermelho na região norte, abaixo da constelação das Plêiades. A cada dia ele estará mais baixo no horizonte até não ser mais possível vê-lo.

A imagem mostra uma simulação do céu em Patos de Minas. ( Foto: Gilberto Dumont )