Quase 13 anos após ter tentado matar uma mesma pessoa duas vezes, um homem foi levado a Júri Popular em Patos de Minas. O julgamento aconteceu na tarde dessa quinta-feira (20) e atendeu aos pedidos da defesa do réu. O crime foi desqualificado e, por causa do longo tempo de espera, a pena acabou prescrevendo.
A primeira tentativa de homicídio aconteceu em junho de 2007. Segundo a denúncia do Ministério Público, F.R.M, de 32 anos, se armou com um revólver calibre 32 e efetuou três disparos contra Harley Miranda Silva, acertando o braço e o tórax da vítima. No mês seguinte, no dia 28 de julho de 2007, F.R.M atirou novamente contra Harley, mas acertou Leandro Correia Borges que estava no local.
O crime foi motivado pelo sumiço de um cabo de DVD. Harley emprestou o cabo para algumas pessoas e estava cobrando para que F.R.M o devolvesse. Não satisfeito com a cobrança, F.R.M teria discutido com o Harley e efetuado os disparos de arma de fogo. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por duplo homicídio tentado.
A defesa pediu a desclassificação dos dois crimes para disparos de arma de fogo, sem a intenção de matar, o que foi atendido pelos jurados. Com isso a pena foi fixada em 2 anos para cada uma das denúncias. Com a demora para que o julgamento fosse realizado, quase 13 anos, a pena acabou prescrevendo.
O advogado de defesa do réu, Cássio Araújo, disse que esse era mesmo o resultado esperado para este caso. O Ministério Público não se mostrou disposto a recorrer da sentença.
