O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, informou nesta quinta-feira (26) que Minas Gerais vai começar, em setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra covid-19. O esquema vacinal será feito com um imunizante diferente do que foi administrado anteriormente e, neste primeiro momento, a terceira dose será destinada para a população idosa e pessoas com baixa imunidade.
“Em reunião realizada com o Ministro da Saúde (em 25), ficou estabelecida a vacinação de reforço em todo o país. Em Minas, daremos início, no próximo mês, à aplicação das doses de reforço nos idosos, acima de 80 anos, e pessoas imunossuprimidas. E, depois, vamos avançando para as idades e grupos vacinados há mais tempo”, disse Baccheretti, em coletiva realizada na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Com relação à estratégia vacinal para o reforço, o secretário ressaltou que serão utilizadas três plataformas diferentes, sendo uma da Coronavac, uma da Pfizer e uma da AstraZeneca e Janssen. "Ou seja, quem completou o esquema vacinal com a CoronaVac, receberá a 3ª dose da Pfizer, Astrazeneca ou Jansen”, explicou.
Delta
Na coletiva, Fábio Baccheretti também apresentou os dados de internações e óbitos, no estado, por causa da covid-19, além de atualização sobre a variante Delta.
Pela primeira vez, nas últimas semanas, foram registrados menos de 100 óbitos às quintas-feiras. O dado demonstra uma queda nos casos de internações em decorrência da doença e, consequentemente, no número de mortes. A tendência de queda permanece mesmo com a circulação da variante Delta em todas as regiões.
Considerada de transmissão comunitária em Minas, a incidência da Delta vem registrando crescimento nas amostras analisadas. “Dentro das 200 amostras semanais avaliadas, por meio de estudos genômicos, ela já aparece na maior parte delas, ou seja, é a variante predominante no estado. Até o momento, já foram identificados 101 casos de Delta que estão distribuídos, principalmente, nas regiões Centro, Sudeste, Leste do Sul e Noroeste”, informou.
O secretário alertou que os cuidados sanitários devem ser mantidos, independente da variante que circula no país. “As medidas de prevenção continuam sendo uso de máscara, manter distanciamento social, realizar frequentemente a higienização das mãos e vacinação com as duas doses. Todas as vacinas se mostraram eficazes com o esquema completo”.
Avanço da vacinação
Ao apresentar os dados de vacinação, o secretário ressaltou o avanço da aplicação das doses no estado e anunciou o início da vacinação em adolescentes. Até o momento, Minas Gerais já recebeu mais de 22,8 milhões de doses de vacina contra a covid-19, do Ministério da Saúde, e 20.893.175 de doses já foram enviadas aos municípios mineiros.
“Com a chegada das novas doses e o quantitativo previsto por parte do Ministério da Saúde, temos uma tendência de grande aceleração nos próximos dias. Ainda em setembro, temos a expectativa de concluirmos a imunização, com a primeira dose, das pessoas acima de 18 anos e iniciarmos a vacinação dos adolescentes, com e sem comorbidades, consecutivamente”, disse.
Este último público soma mais de 1,7 milhões pessoas, que receberão as doses da Pfizer, imunizante indicado, até o momento, para aplicação na faixa etária entre 12 e 17 anos.
Até o momento, 35 municípios mineiros já oficializaram a conclusão da aplicação da primeira dose (D1) em 100% da população acima de 18 anos ou mais de idade, são eles: Abadia dos Dourados, Aimorés, Arapuá, Berilo, Cachoeira Dourada, Chapada Do Norte, Confins, Córrego Danta, Couto De Magalhães De Minas, Cristais, Divino Das Laranjeiras, Dom Viçoso, Dores De Campos, Estrela do Indaiá, Fernandes Tourinho, Francisco Badaró, Grupiara, Itamarati De Minas, Jenipapo de Minas, Laranjal, Materlândia, Matutina, Natercia, Oliveira Fortes, Pains, Pedra Do Indaiá, Pequeri, Presidente Kubistchek, Rio Doce, Santo Antônio Do Monte, São Geraldo, São João Das Missões, Serra da Saudade, Virgem Da Lapa e Virgolândia.
Transparência
Baccheretti ainda destacou os 96 pontos que o estado atingiu no índice de transparência da covid-19, ranking feito pela Open Knowledge Brasil. “Somos o segundo estado mais transparente em relação aos valores gastos e no enfrentamento à covid-19. Estamos dependendo de alguns dados referentes a vacinação por bairro, informações de domínio dos municípios, para alcançarmos os 100 pontos”, concluiu.
Fonte: Agência Minas