Uma família ficou revoltada na madrugada desta quinta-feira (21) em Patos de Minas. O Patos Hoje recebeu um e-mail com texto e fotos denunciando que um médico da UPA III estava dormindo no horário de plantão. O profissional só teria acordado depois que o avô da criança bateu na janela onde ele estava. A paciente, um bebê de 1 mês e 11 dias, permaneceu sem ser atendida.
De acordo com a denúncia da jovem, a prima foi levada para a UPA III no Bairro Jardim Peluzzo por volta das 0h00 desta quinta (21) “doente e chorando demais”. Chegando lá, o médico estava dormindo e não quis acordar para atendê-la. Por volta das 2h30, o avô da criança, revoltado com a situação, foi até a sala onde ele estava e bateu diversas vezes na janela para acordá-lo.
Vendo o médico dormindo, ele também registrou o fato em fotos com o celular. Com o barulho, o profissional acabou se levantando. Mas, para aumentar a indignação, a menina continuou sem atendimento. Segundo a acusação, o médico apenas questionou quem estava batendo na janela e, ao receber a resposta, acabou xingando o avô da criança e saiu do local.
Os familiares acionaram a Polícia Militar, mas a situação continuou sem solução. O Patos Hoje entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da PM, no entanto nenhuma ocorrência do fato foi encontrada. Tentamos contato com a diretora da UPA, mas não fomos atendidos. Nossa equipe de reportagem também entrou em contato com o médico para receber seu posicionamento, mas até o momento não tivemos resposta.
Segundo a mãe da bebê, a criança foi atendida na tarde desta quinta-feira (21) por outro profissional que passou alguns medicamentos. Ela foi diagnosticada com cólicas. A mãe ainda informou que vai levar o caso para o Ministério Público.
O outro lado da história
O médico da UPA entrou em contato com o Patos Hoje na noite dessa quinta e explicou que muito do que foi denunciado pela família da paciente não condiz com a verdade. Ele disse que a família esperou por cerca de 50 minutos apenas e que isso só aconteceu porque realmente estava dormindo e não acordou quando foi chamado pela enfermeira.
O profissional também relatou que não xingou nem falou alto com o avô da criança. Segundo ele, na verdade, foi ele quem foi xingado pelo familiar. Ele também destacou que não houve recusa de atendimento. Segundo ele, na verdade foi a família que desistiu. Quanto a dormir na unidade, ele explicou que é comum e regular os médicos dormirem quando não há pacientes.
O médico informou que vai entrar na justiça contra a família. Segundo o médico, a família mentiu com relação ao horário e tempo de espera, mentiu com relação ao fato de o médico ter sequer levantado a voz para a família e finalmente por ter divulgado imagens constrangedoras do médico. "O prontuário mostra que a paciente deu entrada às 00h54 e, às 2h00, ela recusou o atendimento", relatou o profissional.
Atualizada às 09h42 dessa sexta-feira (22)
Autor: Farley Rocha
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